quarta-feira, 22 de julho de 2015

O LATERAL MURILO DO FLAMENGO !

O GRANDE LATERAL DIREITO MURILO


Paulo Murilo Frederico Ferreira nasceu em 30 de abril de 1939, na cidade do Rio de Janeiro. Começou sua carreira no juvenil do Olaria A.C em 1959, chegando ao elenco de profissionais no ano seguinte. 

Murilo, antes de mais um treino no campo do Olaria. A foto é do livro “Vai dar Zebra”, de José Rezende Raymundo Quadros, publicada no site do Milton Neves

Murilo permaneceu no time da Rua Bariri até o ano de 1962. No ano seguinte, seu passe foi negociado com o Flamengo. 

 Quando chegou ao gramado da Gávea, Murilo ainda amargou o banco   de reservas por algum tempo antes de se firmar como titular a partir de 1963.

Sua posição original era a lateral direita, mesmo que tenha sido aproveitado em algumas jornadas na posição de zagueiro.
Dotado de boas qualidades técnicas, apreciava descer ao campo ofensivo para apoiar as manobras de ataque ao lado do ponta direita Espanhol.Campeão carioca nas edições de 1963 e 1965, Murilo também amargou a derrota de 3×0 para o Bangu, na conturbada final do campeonato carioca de 1966.

Ainda no ano de 1966, o nome de Murilo figurou na enorme lista do técnico Vicente Feola para o período de preparação visando a Copa do Mundo da Inglaterra. Murilo não disputou o mundial, já que os convocados foram Fidélis e Djalma Santos.

As convocações para o escrete canarinho renderam bons frutos. Dos 438 mil cruzeiros mensais que recebia, foi aumentado para 500 mil cruzeiros, teto que o clube mantinha para jogadores que serviam a C.B.D (antiga Confederação Brasileira de Desportos).
Posteriormente, o clube ofereceu um reajuste que chegou aos 975 mil cruzeiros mensais. Tal valorização ocorreu diante da investida do Vasco da Gama, que chegou a oferecer 120 milhões para contar com Murilo em suas fileiras.
O Flamengo fixou o preço em 200 milhões e dessa forma o presidente vascaíno, o Sr. Calçada, preferiu desistir definitivamente do negócio.
Ao todo, o lateral direito defendeu o Flamengo em 448 oportunidades com 230 vitórias, 104 empates, 114 derrotas e anotou 3 gols. 

Fonte de pesquisa: Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins.
Seu último triunfo representativo com a camisa do rubro-negro aconteceu na conquista da Taça Guanabara em 1970.
Murilo permaneceu no Flamengo até 1971, quando foi negociado com o Tiradentes do Piauí, sendo campeão estadual em 1972.
 Em 1974 se transferiu para o River- PI, de onde saiu em 1975 para se aposentar.
Voltando ao Rio de Janeiro, Murilo aceitou o convite de retornar aos gramados. 
Murilo lança a bola sob olhares de Roberto miranda e Rogério .
A proposta foi feita pelo ex-companheiro de Flamengo Paulo Henrique, que na época assumiu o comando técnico da equipe de Campos.
Após essa passagem, Murilo pendurou definitivamente as chuteiras e também iniciou seu ciclo de treinador no Flamengo – PI, conquistando o campeonato estadual de 1976.
Hoje, Murilo é dono de uma escolinha de futebol e bate a sua bolinha pelo menos uma vez por semana, além das corridinhas pelas praias da cidade maravilhosa.












FONTES DE IMAGENS
Revista do Esporte
Correiodecorumba.com.br
Revista Placar (Editora Abril)
Revista grandes Clubes Brasileiros.
Jornal "O Globo "
Site do Milton Neves
Tardes de Pacaembú
 Ilustração do cartunista Petrônio.  Arquivo Público do Estado de São Paulo. Memória Pública – Jornal Última Hora.

FONTE DOS TEXTOS
tardesdepacaembu.wordpress.com( NA ÍNTEGRA)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

DIDA O ÍDOLO DE ZICO!

CONHEÇA A HISTÓRIA DO MAIOR ÍDOLO DO GALINHO"ZICO"

Fenômeno do CSA, alagoano Dida foi ídolo de Zico e reserva só de Pelé. Criado no Mutange, Edvaldo Alves Santa Rosa inspirava o Galinho nas peladas.

Maior ídolo da história do Flamengo, Zico tinha um craque para se espelhar antes de estrear entre os profissionais. Ainda em Quintino, o “Galinho” tentava imitar um camisa 10 que saiu do CSA, em Alagoas, e fez estripulias com a camisa rubro-negra na década de 50.
As novas gerações conhecem pouco sobre Edvaldo Alves Santa Rosa, mas a história mostra que o craque alagoano Dida teve participação de destaque numa geração de ouro do futebol brasileiro.
- Acompanhei toda a trajetória do meu irmão e tive a chance de jogar com ele. O Dida era um jogador fantástico, que partia pra cima dos defensores sem receio e tinha uma impressionante capacidade de marcar gols.

 Ele era azulino e sempre visitava o clube quando vinha a Maceió, mas, infelizmente, é pouco lembrado no Mutange.

 
 A memória do futebol é curta, e as pessoas vão esquecendo os craques com o passar do tempo - conta Edson.Os feitos do jogador alagoano são lembrados hoje, com nostalgia, apenas por quem teve o privilégio de viver o seu apogeu. 
A memória do boleiro foi preservada por seu irmão, Edson Santa Rosa, um exímio contador de histórias.O irmão de Dida reclama da falta de reconhecimento ao craque em sua terra natal.

- Por tudo isso acho que ele deveria ser mais homenageado em Alagoas. Poderia ter o seu nome numa avenida, numa rua ou numa grande praça esportiva.
 O Museu dos Esportes é uma lembrança particular do Lauthenay Perdigão, que conhecia o Dida, sabe do seu valor e mantém viva a sua história. 
No Rio, uma neta minha disse que viu um bandeirão do Flamengo com o rosto do Dida. Esse tipo de homenagem deixa a família feliz, porque o legado do craque pode ser passado para as gerações que não o viram em campo. 
Ele morreu há dez anos e até hoje ainda continuo mandando celebrar missas para o meu irmão. Não esquecemos o jogador e o homem exemplar - completou.- O Dida abriu as portas para toda essa nova geração do futebol do Estado. 

Alagoano e tímido, ele foi discriminado quando chegou ao Rio de Janeiro e, para completar, ainda foi para o Flamengo doente, com icterícia. Mas o clube bancou o tratamento, conseguiu curá-lo, e ele começou a jogar no time de aspirantes. Depois, se destacou e já começou a ser utilizado entre os profissionais. 
Com o seu talento impressionante, quebrou as barreiras e venceu no clube, conquistando títulos, uma vaga na Seleção e muitos fãs, um deles, inclusive, foi o Zico, que sempre reverenciou meu irmão - lembra Santa Rosa.
                                      Orgulho de ser rubro-negro

Em 54, ele estreou no profissional contra o Vasco, o Rubro-Negro venceu por 2 x 1, mas o alagoano acabou voltando aos aspirantes. Negociado com o Real Madrid, Evaristo deixou a Gávea e abriu espaço para Dida na equipe principal.
Dida chegou ao time titular do Flamengo em 1955 para substituir o craque Evaristo de Macedo, que estava indo jogar na Europa. 
A sua trajetória na Gávea foi brilhante: conquistou os títulos cariocas de 1954, 55 e 63 e, com gols e jogadas mágicas, encantou a exigente nação rubro-negra.
Edson Santa Rosa lembra que a família esperava até seis semanas para acompanhar as jogadas do craque no cinema.
- Era um acontecimento. Assistíamos aos melhores momentos das partidas do Flamengo bem depois que elas eram realizadas. Naquela época existia o Canal 100, que destacava os lances dos jogos e realçava o talento do meu irmão. 
Um jogo que não esqueço foi uma vitória do Flamengo sobre o Vasco, por 4 x 1, com três gols do Dida. Ele deu um drible no Bellini, que tirou o zagueiro do prumo. Foi um momento de glória para ele – recordou.
Com a camisa rubro-negra, o alagoano disputou 357 partidas e marcou 264 gols. Ele é o segundo maior artilheiro da história do clube, perdendo apenas para Zico.
- O Zico foi o sucessor do Dida e, curiosamente, ele diz que o meu irmão foi o seu grande ídolo no futebol. Muita gente, na Gávea, diz que o meu irmão está entre os cinco maiores jogadores da história do Flamengo, e é verdade. Talento não faltava - destacou Edson.
                                   Desrespeito após a morte
Em 2004, uma história triste sobre o túmulo de Dida chegou a Alagoas. Os seus ossos seriam removidos da sepultura no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, por falta de pagamento.
- Foi uma passagem realmente lamentável. O Flamengo sempre ajudou o meu irmão, o projetou no futebol, o ajudou quando estava doente na década de 80 e até o final da sua vida. 
Mas o clube tem os seus problemas de organização, e o pagamento da sepultura atrasou. Iriam remover os ossos do Dida e colocariam no lugar os de um traficante. 
Felizmente, um torcedor do Fluminense, que não quis se identificar, fez o alerta, as medidas foram tomadas, e hoje os torcedores podem visitar o túmulo no São João Batista. 
Ainda teve gente que quis se aproveitar politicamente da situação, dizendo que iria trazer os ossos do meu irmão para Alagoas, mas, felizmente, deixamos para trás essa passagem triste - revelou Edson Santa Rosa.
                                 Recado às novas gerações

- Ele tinha a habilidade do Kaká e, observando direitinho, dava dribles parecidos com os do jogador do Real Madrid e da Seleção Brasileira. Além disso, tinha o oportunismo de Romário.
 Era um jogador extraordinário - destaca o irmão.Para situar as novas gerações, Edson Santa Rosa compara Dida aos craques Kaká e Romário.
O jornalista e historiador Lauthenay Perdigão acrescenta que o craque driblava até mais do que o meia-atacante Kaká.
- Ele tinha uma facilidade impressionante de passar pelos adversários. O Kaká é mortal nas arrancadas, mas o Dida sabia envolver os marcadores até com mais facilidade. O maior problema dele era o porte físico. 
Franzino, era alvo fácil para os zagueiros e laterais. Em 1956, por exemplo, ele não ganhou mais projeção na seleção brasileira por causa de uma dessas lesões - completa.
                            Alegrias e tristezas na Seleção
De acordo com Pepe, ex-jogador do Santos, antes da Copa do Mundo, Pelé sofreu uma lesão num amistoso contra o Corinthians e não podia estrear contra a Áustria. Edson Santa Rosa disse que a história não foi bem assim.
A Seleção Brasileira foi motivo de orgulho e desilusão para Dida. O craque disputou oito jogos com a camisa do escrete: venceu sete, empatou um e marcou cinco gols. Mas a sua passagem pelo famoso time de 1958 foi tumultuada.
- A determinação era para que apenas um jogador por posição fosse escalado e, pelo o que eu sei, o Dida barrou o Pelé no início da Copa - afirmou Edson.
- Depois, o meu irmão ficou abalado por causa da forma como ele foi sacado do time pelo técnico Vicente Feola. Foram convocados 22 jogadores para o Mundial de 1958, na Suécia, sendo dois para cada posição, mas poderia haver uma adaptação para o Dida jogar com o Pelé.
 O Brasil estreou na Copa contra a Áustria e venceu por 3 x 0, com dois gols de Mazzola e um de Nilton Santos. 
O meu irmão perdeu um gol, mas isso não atrapalhou a Seleção, já que, depois, até o grande jogador Didi declarou que ele foi fundamental na partida porque abriu espaços na defesa adversária. 

Infelizmente, Dida não foi escalado para o jogo seguinte, contra a Inglaterra, perdendo a vaga para Vavá - lembrou Edson Santa Rosa.
- O jogo com os ingleses terminou 0 x 0, e a torcida do Flamengo, que sempre foi fanática, fez muita pressão para o Dida jogar contra a União Soviética. 
Na partida contra a Inglaterra, Feola escalou os centroavantes Mazzola e Vavá e também abriu precedente para colocar em campo os dois meias que tinha no elenco: 
                   Pelé e Dida, que tinham um talento fora do comum.
 Dessa forma, ele poderia ter sacado o Vavá e fechado o setor ofensivo com Pelé, Dida e Garrincha. 
 Com esses três jogadores em campo, o título poderia vir até com mais facilidade - emendou.
De acordo com o jornalista e historiador Lauthenay Perdigão, a imprensa queria ver o trio de craques na Seleção.
- Muita gente da imprensa defendia que o Dida, o Pelé e o Garrincha jogassem juntos. Depois, na Copa de 70, Zagallo escalou a Seleção com jogadores da mesma posição, mas com grande habilidade, como Rivellino, Pelé e Tostão. 
Em 58, o técnico Feola era mais conservador e dizia que cada atleta deveria atuar em sua posição. Durante toda a preparação para o Mundial da Suécia, Dida era titular, e Pelé, então com 17 anos, entrava depois.
 Mas, já numa série de amistosos antes da Copa, na Itália, o alagoano se machucou e até jogou contra a Áustria contundido, o que o prejudicou. 
Tempos depois, o Didi me disse que falava para o Dida ter cuidado com aquela lesão porque ele dificilmente recuperaria a posição se o Pelé entrasse na equipe - contou Lauthenay.
Depois da Copa, Dida ficou abalado emocionalmente e demorou para se recuperar.
- Ele passou uns seis meses para voltar a ser o jogador que foi convocado para a seleção - ressaltou Edson.
 Os anos correram, a Seleção ficou para trás, e Dida encerrou a carreira em 1968.
- Depois disso, tudo se tornou mais difícil. Ele sentiu muito quando deixou o futebol. Acho que isso acontece com todos os jogadores, mas é pior para os grandes ídolos.
A imprensa deixa de noticiar os seus feitos, e ele não ouve mais o grito da massa no estádio. Fica um vazio difícil de ser preenchido - enfatizou o irmão do craque, que também tinha um grande talento para jogar futebol, mas não investiu na carreira profissional devido a uma miopia aguda.
















FONTE DO TEXTO
 http://museudosesportes.blogspot.com.br/( NA ÍNTEGRA)

FONTES DAS IMAGENS
http://museudosesportes.blogspot.com.br/
Revista do Esporte.
Revista Placar(Editora Abril)
A Gazeta Esportiva ilustrada
Blog "Tardes no Pacaembú"
Acervo do Estado de São Paulo
Revista esporte Ilustrado
http://imortaisdofutebol.com/
http://noticias.bol.uol.com.br/
terceirotempo.bol.uol.com.b
http://www.eusouflamengo.com/
www.flamengoantigo.com.b
http://www.netvasco.com.br/
http://3.bp.blogspot.com/
http://4.bp.blogspot.com/
http://2.bp.blogspot.com/
http://globoesporte.globo.com/